
Esse Rap eu fiz em 2003, mas ainda não dei um nome:
Hoje tudo pode
Nada acontece
Quem lutou
Não se esquece
Operário é presidente
D2 está no Faustão
Ta liberada a contestação
Você crítica, mas não troca ideia
Você escolhe a sua platéia
As palmas são forçadas
Na boca te colocam amarras
Aparam suas garras
Fica parado, inofensivo
No momento decisivo
Aumenta a audiência
Supre a sua carência
Financeira
Diz uma monte de besteira
Na arena, no auditório
Na prisão do escritório
Trabalho compulsório
A playboizada se diverte
A burguesia converte
Em lucro
Enquanto o trabalhador
Joga truco
Fica só no batuque
Pedindo proteção
A Oxalá
A Jeova
Por favor, vem me salvar
Deve ser melhor no céu
To cansado de ser o réu
Nem posso mas perder o juízo
Tenho que ser conciso
Objetivo
Não dá para pagar a passagem do coletivo
Da cultura me privo ou me privam?
Se sirvam
Rolou mais uma cabeça
Para que ninguém esqueça
O que acontece
Com aquele que desobedece
No verso faço a prece
Para que esse mundo de cão cesse
Ratos da nossa cultura
Se espremem e passam pela fechaduraDe tão espremidos
Viram vitamina
Nos bares tomam
Dose de morfina
Pessimismo contamina
Esperança desatina
Vamos a luta
Com conhecimento
concreto, empírico
Eu não uso do eu lirico
nem sou hilário
É tudo ao contrário
É puramente
Revolucionário


Nenhum comentário:
Postar um comentário